Wednesday, January 31, 2007

Hoje

Medo.
Silêncio.
Dor.
Solidão.
Saudade.

Porque é que tem que ser assim?

"Nada do que foi, será
De novo do jeito que já foi um dia

Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas como o mar
Num indo e vindo infinito"

Wednesday, January 24, 2007

Feliz Dia da Marmota!

Vocês lembram do filme "Feitiço do Tempo" (Groundhog Day), em que o Bill Murray, um "moço do tempo da TV", vai pra uma cidadezinha do interior dos EUA para cobrir o "Dia da Marmota" e acaba fantasticamente "preso" no mesmo dia?

Pra quem não lembra ou não viu o filmeco: ele dorme e, quando acorda no dia seguinte, não é o dia seguinte e sim o dia anterior. Passa pelas mesmas situações, olha as mesmas caras e ouve das mesmas pessoas as mesmas coisas idiotas, por dias e dias e dias a fio. No auge do desespero, se suicida e (surpresa!) é acordado pelo mesmo fucking rádio-relógio.

É assim, com esse mesmo déjavu voduzento, que sentei no meu cubinho de 4mx2m e percorri meus 900 emails recebidos no outlook entre 02 e 23 de janeiro. Espero não chegar ao ponto do jornalista do filme, que se suicidou de umas mil maneiras diferentes na tentativa de se libertar da prisão do tempo. Mas nas minhas pirações na batatinha de sempre, penso que este clássico das tardes da Globo bem serve como metáfora sórdida do meu primeiro dia de trabalho de 2007.

Me vejo presa ao um mesmo eterno dia de janeiro, num mesmo e eterno checar emails, num mesmo e eterno planejamento anual dos últimos 4 anos. Culpa de um feitiço malígno? Nãããooo. Culpa da cabeçuda aqui mesmo. E só. A boa notícia é que já desponta no horizonte aquela fase nauseabunda que antecede a vontade de ser abduzida por aliens, de fazer bundalelê na frente do Mc Donald´s ou de simplesmente cair na cratera do metrô. Porque se ninguém te mata, fío, um dia seu instinto animal manda que você mesma faça isso com suas próprias mãos, né mesmo?

Vam-vê...Por enquanto o imobilismo profissional ainda me depaupera (gente, eu escrevi isso?). Mas talvez eu até já tenha começado a aquecer os motores e ainda nem tenha me dado conta. Queria muito começar por uma especialização ou intercâmbio nas Zorópa. Espanha e Alemanha têm um estranho fascínio por jornalistas brasileiros. Bem, eu ainda sou jornalista, apesar da mediocridade. E ainda sou brasileira, até que a morte nos separe. O fato é que tem coisa muito boa por aí, é só querer. Isso não é só uma frase de livro de auto-ajuda não, é uma lição que pessoas especiais nos ensinam e que nós, big heads, custamos a aprender.

Por tudo isso, começei meu ano com aquele super pé direito, dizendo em altos brados: eu quero QUERER!!!!

Para terminar, um trecho de um texto do Marco Antonio Araújo, antigo professor de jornalismo opinativo da falecida Faculdade Cásper Libero, que Deus a tenha.

Que a coragem nos alimente e nos dê força para abraçar a causa justa; e nos permita a lucidez de enxergar o caminho correto; e nos empreste esperança para atravessar os tempos sombrios; e nos traga felicidade na justa medida em que possa ser compartilhada.

E também aquela famosa máxima de Rolando Boldrin: E não é que o bichim provô que dá liga memo, sô! Parece até Cimentcola Quartzolit!

Amém!