Wednesday, February 07, 2007

Lughnasadh

Em tempo: a ilustração de Stephanie Pui-Mun Law, que representa o "Globo", me fez lembrar que estamos em pleno Lughnasadh no hemisfério sul, a antiga festa celta que celebrava a primeira das colheitas do ano. Imediatamente penso na afirmação de Lovelock sobre a atividade agrícola como a primeira interferência do homem, em sua versão hospedeiro, sobre a Terra, e me questiono até que ponto podemos nos culpar pelas escolhas de nossos ancestrais. Em última análise, é como se tudo aquilo que crescemos acreditando como sinais de nossa complexa evolução espiritual tivessem se transformado, da noite para o dia, num câncer planetário que devemos combater com nossas próprias vidas.

Sei que teremos que encarar a nós mesmos num dia bem próximo, ainda que a destruição tenha começado há muitas eras, e enfim decidir entre os dois únicos caminhos possíveis. Minhas dúvidas são: teremos coragem para dar o primeiro passo e caminhar sem olhar para os lados até o fim? Teremos calma para dar a mão ao outro? Quem será corajoso o suficiente para abandonar os valores, as crenças e os dogmas de séculos desse modo de vida em que estamos mergulhados, ou mesmo aprisionados?

Talvez, o sentido profundo de Lughnasadh, que tem a luz do antigo Deus Lugh em seu nome, possa dar alguma pista. "Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução." (fonte: www.oldreligion.com.br)

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